
“Você está em uma festa e de repente começa a tocar sua música favorita, aquela que você não resiste, que você não se controla, que você precisa dançar até sentir sua pele queimando. Luzes azuis por todo o espaço, luzes piscando, suor, calor, dança, êxtase. Você no meio do seu frenesi de dança abre seus olhos e o vê no meio da multidão, uma presença poderosa, dançante, vibrante como tudo no ambiente. Uma presença azul. Seus olhares se cruzam e você sente uma carga elétrica percorrer seu corpo como se sete raios azuis tivessem te acertado naquele instante. E ali, em meio a dança, calor, suor e prazer você se expressa da forma que mais deseja, porque nada mais importa. Você está completo em si mesmo.” – Naê
“Se você olha pro céu e pro mar, você encontra a cor de minha pele. Em mim, muitas perguntas tem respostas, muitas respostas perdem o sentido, e muitas perguntas surgem. Eu sou a maior interrogação que você conhecerá. Tudo que eu toco, se torna sagrado, porque meu toque é o êxtase Dela, é a força sexual Dela, é o orgasmo avassalador Dela. Lembre-se, teu prazer é sagrado. Teu sexo é sagrado, seja ele qual for. Tua expressão de sexualidade é sagrada, seja ela qual for. Eu possuo muitos nomes, e minha complexidade vai além do que você pode conceber: eu sou anjo, demônio, deus, deusa, sua parte mais alta e perfeita, mundano, divino. Meus símbolos estão em todas as partes, em todos os lugares, pois eu nasci do mais puro amor que já existiu e ainda existe. Eu nasci da essência mais brilhante, do Coração mais Negro, e em mim ele vibra em todas as tonalidades. Minha voz é o trovão no paraíso, meus cabelos são as penas de pavão, minha vontade é inquebrável, poderosa, viva, e meu olhar expressa as mais belas poesias e canções. Eu sou o momento mais sublime e natural, e desmantelo tudo que é falsamente naturalizado. Eu sou a beleza queer em cada jovem, e em mim, você encontrará o amor que sempre desejou. Tenha-me como amigo ou amante, e você conhecerá a totalidade de seu ser.” – Lilo Assenci
“O Deus Pavão nasce da união dos Gêmeos Divinos em uma única Divindade. Ele é visto como tendo toda a dualidade dentro de Si mesmo, então Ele é profundamente erótico e sedutor, mas também destrutivo e assustador. Muitos praticantes de Feri o chamam pelo nome de Melek Taus, a divindade central dos Yazidi. Em algumas linhas da Feri, as duas divindades são, de fato, entendidas como o mesmo ser.” – “Os Deuses do Infinito“, Storm Faerywolf
“O primogênito da Deusa é o Deus Azul, também conhecido como o Anjo Pavão, Senhor do Leque Pintado, e por alguns como Melek Taus. O Deus Azul é considerado por algumas linhas de Feri como a divindade patrona particular de Feri. Como Dian y Glas, é geralmente retratado como um deus jovem, de pele azul, itifálico, mas um tanto andrógino, com uma serpente. Como Melek Taus, o Deus Azul é o gêmeo de Lemba, o Senhor da Chama Verde, também conhecido como a Serpente Viva. Ele é a principal divindade do povo Yezidi.
O Deus Azul da Feri tem muitos nomes, como os seguintes: Senhor do Leque Pintado, Arco-íris Vivo, Serpente Alada, Verdadeiro Pássaro do Paraíso, Rei das Flores, Nove Serpentes Manchadas no Poço, O Cantor na Floresta, Dian Y Glas (com a grafia variada de Dia-na-Glas; Dian-na-Glas; Dia-ny-Glas), Luz do Mundo. O Próprio Fogo, Alma da Humanidade, Santo Demônio, Anjo Pavão.” – “Feri FAQ“, Valerie Walker
“Aquele que balança a sua cauda e preenche os sete céus com trovões.” – Yuki
“Tradicionalmente, diz-se que o Deus Azul aparece como um jovem andrógino com um falo ereto e seios de uma jovem, embora ele não apareça para mim dessa forma. Para mim, sua “androginia” se expressa apenas em sua suavidade e, de fato, às vezes ele me aparece nu e envolto em sedas lilases, sorrindo e dançando sedutoramente entre as estrelas.
Em alguns ensinamentos dentro da Feri, é dito que Ele representa nossa própria Divindade pessoal; nosso Santo Demônio, Godself, Self Profundo ou Ori, ao qual oramos a fim de acelerar nossa própria evolução. Somos lembrados por sua iconografia que o poder que se manifesta como espiritualidade é de natureza sexual: uma serpente se enrosca em Seu pescoço e, de fato, um de seus títulos é “a Serpente no Poço”, que é vista subindo na primavera, um referência fálica óbvia e também pode representar o que alguns praticantes do misticismo tântrico conhecem como energia kundalini.
Penas de pavão adornam Seu cabelo, conectando-o a Melek Ta’us, o Anjo Pavão dos Yezidis que, apesar de estranhos interpretá-lo erroneamente como “o diabo”, o consideram o verdadeiro Deus deste mundo.” – “Os Deuses do Infinito“, Storm Faerywolf