Krom/Twr por Yuki

“Eu sou visto em tantos lugares, escondido, tão aparente, que meu paradoxo parece ser o mais confuso para você. Eu sou o Sol brilhante nos céus, iluminador, repleto, completo. Eu sou a escuridão da noite, o silêncio, o brilho da negritude. Minha pele muda de cor conforme eu amo e sou amado. Meu coração bate em ritmos que regem civilizações, e ditam a canção que faz o mundo girar, dançar, parar e até mesmo se destruir e se criar. Me veem como a outra parte, o oposto, o outro lado, mas a verdade é que eu sou também o que você não pode ver, e também o que você é. Posso ser seu amante, seu pai, seu filho, seu amigo, seu companheiro e parceiro, seu início, meio e fim, porém sou mais complexo que isso. Eu sou o seu contrário, exato oposto, o que você esconde e tem medo. Mas sou também você, o que você sabe de si, o que enxerga quando se vê no espelho. Abraça a minha complexidade, e você abraçará a tua própria. Este sim, é o meu paradoxo, a minha existência, o meu caminho, seja ele qual for.” – Lilo Assenci


“Twr é o caminho entre o jovem deus azul e a morte de Arddhu. É o deus das feiticeiras, o senhor de negro que te espera na encruzilhada. É a sombra negra que espreita com chapéu escuro e olhos vermelhos. Twr também é o caçador vermelho que se transforma em animais e deixa o sangue fresco escorrer de sua boca. Twr é o sol dourado, a coroa flamejante de ouro.” – Naê


“O Rei do Verão da Tradição Feri tem muitos nomes e aspectos através dos quais um iniciado Feri pode acessar a energia fértil, madura e masculina. Alguns de seus muitos nomes reconhecidos incluem: O Chifrudo, Chrom (ou Krom), Crainonis, Rei Coroado, Rei Verde, Deus de Chifres, Hu, o Poderoso (ou Hu Gadam, Hugh Guairy), Jesus Cristo, Kupalo do Solstício de Verão, Senhor do Sol , Lugh, o Multicolorido, Osiris, Twr, Zeus.

Quando a vela vermelha é acesa para um círculo Feri, uma série de nomes para o aspecto masculino do próprio Deus são cantados:

Karayos, Keranos, Cernunnos, Krana, Kronos…

Esta divindade fica a meio caminho entre o adolescente Deus Azul e o falecido Rei do Inverno, e pode representar a energia masculina como um todo. Esta masculinidade, tendo um oposto na forma de feminilidade, serve para incorporar um aspecto dos Gêmeos Divinos, assim como a vela vermelha.” – “Introdução ao Rei do Verão“, Chas Bogan


“Ele é o Espírito de Luz e Calor, a maturidade do verão e a plenitude da masculinidade. Não há nada de andrógino nele. Ele é frequentemente considerado o consorte e o paralelo da deusa Mari. Ao mesmo tempo, Ele também é um reflexo em um espelho escuro da Deusa Estrela. Ele é visualizado como um homem com cabeça de um veado chifrudo, embora também possa ter cabeça de antílope ou outro animal chifrudo comum à sua região. Ele é inteiramente dourado, em tons de ouro, seu corpo, seu cabelo, seus chifres. Em seu pescoço está uma guirlanda de lindas flores coloridas e folhas verdes frescas.” – “Faery Crossroads“, autor desconhecido


“Sol brilhante
Noite selvagem
Falo e lança
Chifre e casco.”
Yuki


“Krom (ou Crom), ou Twr (do galês, significando “Torre”); também chamado de Senhor da Colheita e Rei do Verão, é o Deus Chifrudo da tradição F(a)eri(e) e, como tal, pode estar alinhado com Cernunnos e Pã. Ele é o brilho do sol (especialmente porque nutre e energiza a vida) e os poderes vitais da virilidade. Em uma forma comum, Sua pele brilha com a luz dourada do sol do verão, e seu pescoço é adornado com uma faixa de flores de verão e folhas verdes. Ele tem a cabeça de um cervo – um lembrete de que Ele é de natureza primitiva. Ele é filho e amante da Grande Mãe. Como a maioria dos Deuses Chifrudos, ele é abertamente sexual, mas também é um nutridor. Ele é o Deus em Seu aspecto de ‘Pai’ e ‘Amante’ e, como tal, pode receber oração por orientação e até mesmo como um substituto para aquelas funções acima mencionadas, se necessário. Seu emblema é o sol dourado.

Embora haja muita diversidade, ele às vezes é dividido em quatro aspectos principais:

Dourado – “o Deus Sol”. O espírito da luz e do calor e os poderes do sol. Ele irradia em todas as cores do espectro e aqui vemos seu poder como o da luz. Ele é Lúcifer, o Portador da Luz e da Consciência; o portador da semente da divindade.

Verde – “o Homem Verde”. O espírito da vida vegetal que faz par com o Homem Vermelho no Solstício de verão. Ele é o princípio ativo da vegetação; aquilo que transforma a luz do sol no ciclo da comida e da fartura.

Vermelho – “o Homem Vermelho”. O espírito da vida animal. Ele é o poder do sangue; a força vital de todos os animais, incluindo humanos. Ele pode aparecer com o torso peludo de um homem e com as pernas, cabeça e chifres de uma cabra ou touro. Conforme ele morre e penetra no solo, ele se sacrifica ao Homem Verde para renascer constantemente.

Preto – “o Homem de Preto”. Uma divindade da Encruzilhada e uma janela para Arddhu. Ele participa do Sabá das Bruxas e se une ao iniciado que concede seus mistérios. Ele é um mestre e guia mágico e é o ferreiro sagrado, Tubal-Caim.

Juntos, podemos considerar o Dourado e o Verde como “o Rei Carvalho” e o Vermelho e Preto como “o Rei Azevinho” da tradição pagã britânica; as principais encarnações dos lados claro e escuro da divindade masculina, conforme expresso na Roda do Ano.” – “Krom: Deus Chifrudo da Tradição F(a)eri(e)“, Storm Faerywolf