
“Eu sou tudo que você toca, ouve, respira. E, por consequência, você é tudo que eu toco, ouço e respiro. Nesta dança, juntos, somos um só. Eu sou a Senhora das espirais, dos padrões naturais da vida, e nutro tudo o que existe. Se há alguém que pode fazer crescer, essa sou eu. Eu sou o poço mais profundo, repleto de água cristalina e memórias. Eu sou a montanha mais alta, dura e implacável. Eu sou o mar revolto e calmo, as ondas fortes e a maresia. Eu sou o brilho prateado da lua, a floresta viva e vibrante, e meu é o teu caminho, pois quando pede por orientação, sou eu quem te guio. E quando olhares o rosto de uma mulher, lá você me verá. Quando ouvires a voz de uma moça, esta será minha voz. Quando o último suspiro da velha surgir, eu também lá estarei. Eu sou os lamentos e as alegrias do que você chama de Feminino, e meu é o que você chama do Sagrado Risco: arriscar-se a entender como sagrado tudo que existe é meu presente para você.” – Lilo Assenci
“Mari é a espuma do mar violento. É a semente que germina em êxtase e prazer. Diana, Yoni Gorri, Madonna, Aparecida… você tem tantos nomes Mari, quero te chamar por todos eles e sentir o mel em minha boca enquanto eu os pronuncio. Mari é quem mantém a chama da cozinha acesa, é o cheiro de comida que conforta, é o afago no cabelo de uma criança, é o abraço mais profundo do mundo. Mari, com M de mãe.” – Naê
“O mundo é seu corpo e ela é nossa mãe. Frequentemente, ela é visualizada como alta, seu cabelo comprido e preto, sua pele prateada. Semelhante à imagem católica de Maria, Mari pode ser retratada com um halo de estrelas (em número de seis, sete ou doze), de pé em uma lua crescente. A lua cheia também pode servir como seu símbolo. Ela é especialmente homenageada na época da colheita do outono. Sua fertilidade se expressa em sua barriga e seios inchados.
Algumas linhas da Feri reconhecem Mari como tendo três (ou mais) aspectos distintos, sendo o mais comum deles associado às cores branco, verde e vermelho. “Mari, a Branca” mantém seus mistérios por trás de seu rosto velado, mas sua visão é afiada, vendo as necessidades de seus filhos humanos e montando em sua vassoura para interceder. “Mari, a Verde” expressa o espírito da Mãe Natureza, e seus mistérios influenciam questões terrenas como alquimia, trabalho com raízes e artes de cura. “Mari, a Vermelha” está nua e apaixonada, uma guerreira, protetora feroz de seus parentes humanos; seus mistérios estão dentro dela, onde apenas os amantes mais habilidosos podem tocar.” – “Uma breve introdução a Mari“, Chas Bogan
“Mari é o espírito da terra, do céu e do mar, e é aquele aspecto da Deusa com o qual até mesmo os praticantes casuais da Arte moderna estão mais familiarizados. Ela usa uma coroa de uma dúzia de estrelas, Seu cabelo preto velando seu corpo prateado brilhante enquanto Ela está sobre o oceano. Porque Ela é arquetipicamente o ápice da força e do poder, Ela está associada (embora marginalmente) com o auge do verão, mas também com o lento declínio do outono, não porque Seus poderes estão enfraquecendo, mas porque Ela representa a colheita final, pois Ela carrega em seu ventre totalmente grávido a Criança Divina, que nascerá quando este ciclo se repetir na próxima primavera. A lua cheia é seu emblema, continuando o simbolismo lunar.” – “Os Deuses do Infinito“, Storm Faerywolf
“A terra é seu corpo fértil
O vento, seu sopro vital
O fogo, seu espírito vibrante
E os rios e mares, seu útero sagrado.
Grande Mãe Coroada de Estrelas.
Abençoada seja nossa jornada por seus rios, mares, montanhas e planícies.
Que nossos passos possam florescer a terra, que a nossa inspiração possa mudar o mundo e que nosso coração pulse com seu espírito flamejante.
Que possamos encontrar o nosso caminho pela densa floresta da vida.”
– Yuki